terça-feira, 16 de agosto de 2011

Mundial Shangai - Comentários Paulo Rogério


Assisti muitos jogos perto de árbitros que estavam atuando no campeonato, como eu tinha a função de filmar os jogos masculinos e femininos, alem da função de chefe de equipe, pude constatar que tantos os árbitros quantos os técnicos que estavam filmando os jogos discordavam muito em relação às faltas marcadas na posição seis (centro e marcador de centro), em relação ao que o arbitro da partida tinha apitado. Chegava a ser engraçado como o mesmo lance muito vezes tinham três opiniões diferentes.
Outra situação que ficou bem clara é que jogo entre dois times bons quem faz a dinâmica do jogo são os jogadores, são eles que vão até o limite máximo da regra, o arbitro apenas atua como fiscal da regra.
Quando dois times jogam,  aonde se tem um desnível técnico entre as equipes ou ambas as equipes são fracas a arbitragem se faz, mais presente no jogo, não permitido que os jogadores dessem a dinâmica do jogo.
Quando os árbitros apitavam as faltas os gestos eram bem definidos mostrando o que eles realmente tinham apitado.
Outra situação de jogo que ficou muito clara é quanto à falta tática a grande maioria dos árbitros puniam com expulsão.
Via de regra na parte disciplinar os árbitros aplicavam os cartões sempre que eles julgavam que as reclamações passavam do limite. Porem antes de mostrarem realmente os cartões eles faziam o tradicional gesto que aquela reclamação era a ultima.
Ficou muito claro para mim que a função do arbitro é levar o jogo até o fim, mesmo passando por cima da regra em alguns momentos. Sei que os árbitros têm que cumprir o que manda a regra. O que eu estou dizendo é que os árbitros nesse mundial me pareceram que tinham alguma orientação de levar os jogos da melhor maneira possível até o fim. Estou escrevendo para os árbitros.
Nos jogos aonde a arbitragem era de bom nível não havia interferência de um arbitro na aérea de atuação do outro havia uma harmonia no critério da arbitragem entre os árbitros. Também vi jogos em que os árbitros, não tinham critérios em suas marcações e isso criava a maior confusão para os times e publico.
Tenho uma opinião muito pessoal sobre o Pólo Aquático, jogado no Brasil e o Pólo Aquático praticado nos países mais evoluídos. São dinâmicas, culturas, técnica, físico e filosofia de jogo diferente do praticado aqui no Brasil. Portanto a maneira de se conduzir uma partida de Pólo Aquático, pelo arbitro brasileiro é também diferente a de um arbitro de um pais mais evoluído na modalidade. Não estou dizendo que um arbitro de outro pais é melhor ou pior que o brasileiro. E sim dizendo que o jogo praticado aqui no Brasil é outro.   

Paulo Rogério Moraes Rocha
Coordenador de Seleções de Pólo Aquático
 

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