domingo, 21 de agosto de 2011

Comentários sobre a arbitragem na Universíade

Ao final da fase preliminar da competição, algumas considerações sobre a arbitragem na Universiade já podem ser feitas, antes do início da fase de mata-mata. Como árbitro do Brasil, tenho acompanhado bem de perto a atuação dos outros árbitros aqui presentes, em sua grande maioria europeus, e já deu para perceber alguns detalhes sutis, mas importantes, em relação ao tipo de atitude que eles têm durante os jogos.
Inicialmente, posso afirmar que ninguém apita na área do outro, mesmo que uma falta clara não seja assinalada pelo árbitro de “ataque”. Isso confunde os jogadores, irrita os técnicos e deixa o público sem entender nada, já que essa ação seria de responsabilidade de um determinado árbitro, então porque o outro interferiu? Percebi que essa atitude é quase inaceitável para os árbitros que estão aqui.
Ao final da fase preliminar da competição, algumas considerações sobre a arbitragem na Universiade já podem ser feitas, antes do início da fase de mata-mata. Como árbitro do Brasil, tenho acompanhado bem de perto a atuação dos outros árbitros aqui presentes, em sua grande maioria europeus, e já deu para perceber alguns detalhes sutis, mas importantes, em relação ao tipo de atitude que eles têm durante os jogos.
Inicialmente, posso afirmar que ninguém apita na área do outro, mesmo que uma falta clara não seja assinalada pelo árbitro de “ataque”. Isso confunde os jogadores, irrita os técnicos e deixa o público sem entender nada, já que essa ação seria de responsabilidade de um determinado árbitro, então porque o outro interferiu? Percebi que essa atitude é quase inaceitável para os árbitros que estão aqui.
Em relação à contra faltas, o jogador que sai para o ataque dando um pé no adversário, ou rodando o mesmo para passar a frente e sair nadando, é punido na hora com a reversão, independente se a bola já estiver saído da mão do goleiro e o time estiver no ataque.
O controle do jogo por parte dos europeus é diferente, e isso não significa que eles apitem melhor do que nós, das Américas. Tenho visto atuações bem fracas de europeus por aqui, mas o que ajuda a compensar as deficiências que surgem é o grande número de jogos internacionais que eles apitam constantemente. Em conversa com o árbitro da Inglaterra, um país sabidamente com pouca tradição no esporte, soube que ao voltar ele apitará seis jogos internacionais da LEN (Liga Européia de Natação) em um mês, sendo três em casa e três na Alemanha, ou seja, seis jogos de bom nível em um mês, o mesmo número de jogos que árbitro Roberto Cabral teve a oportunidade de apitar no Mundial de Shangai e que valerão para o ano todo. Eu aqui já apitei 5, podendo chegar a 6 no máximo e, nesse nível, serão os últimos do ano. Por isso, somos elogiados em nossas atuações em campeonatos mundiais porque, sem ter a mesma oportunidade que os árbitros europeus têm ano após ano, nossa arbitragem não fica nada a dever à praticada na Europa e também nos EUA.

José Werner (Árbitro CBDA / FINA).              

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