terça-feira, 31 de maio de 2011

Charge

Charge fornecida pelo Árbitro Roberto Cabral


Procedimentos Organizacionais

Senhores Árbitros:

Como é de amplo conhecimento a CBDA realizará no período de 08 a 12 de Junho em São Paulo, a Taça Brasil de Polo Aquático Masculino e Feminino. As competições acontecerão em 03 piscinas, Paineiras, Pinheiros e Hebraica com jogos simultâneos em alguma etapas. As finais acontecerão no Domingo pela manhã, conforme programação de jogos e escala de tabela que estará sendo divulgada essa semana.

Dessa forma, alguns procedimentos organizacionais estão sendo tomados e solicitamos que seja cumprido em sua totalidade:

1. Após receber a Tabela de Jogos e Escala da Coordenação de Arbitragem da CBDA, confirmar a presença através de e-mail para eventospolo@cbda.org.br;

2. Os árbitros e oficiais de arbitragem devem estar  presentes no local de jogos pelo menos 45 minutos antes de seu início e 30 minutos antes, já uniformizados;

3. A apresentação deve ser feita ao Delegado Geral da competição e ou ao Delegado do Jogo. Recomendamos que conversa com amigos, entrevistas e outras formas de comunicação com pessoas fora do quadro de arbitragem devem ser feitas antes dos 30 minutos que antecedem os jogos. Isso é uma forma de garantir a imparcialidade do quadro de arbitragem e resguardar os mesmos de críticas externas;

4. Após os jogos, é obrigatória a conversa com o Delegado e ou avaliador dos jogos. A conversa tem por objetivo discutir aspectos observados externamente. 

5. A CBDA estará disponibilizando para o evento camisas com as logos dos patrocinadores que deverão ser utilizadas;

6. Aspectos disciplinares deverão ser considerados ao máximo por parte dos árbitros. Reclamações de banco, atletas e dirigentes devem ser punidas de imediato em conformidade com a Regra. A não aplicação da regra nesse sentido, levará o  afastamento do mesmo na competição. Informamos, ainda, que questões de interpretação de jogada são de exclusividade do árbitro, não cabendo interferência de qualquer pessoa.

7. O pagamento será feito ao final da competição, após realizadas as premiações. Não será efetuado pagamento antes. Entretanto, quem NÃO puder esperar ou NÃO estiver presente na hora do pagamento, receberá na semana seguinte (no prazo de 07 dias úteis) em conta bancária a ser disponibilizada pelos oficiais de arbitragem;

8. A CBDA estará arcando com hospedagem e alimentação em hotel para árbitros FINA, NÃO residentes em São Paulo, a partir do dia 08 de Junho. Solicitamos a confirmação de check in a partir do dia 08, ou confirmar o dia de chagada. Lembramos que a CBDA está fazendo a competição com recursos de Lei Incentivada, e que dessa forma NÃO podemos arcar com multas referentes a NO SHOW. Solicitamos, ainda, que todos os Oficiais de Arbitragem do Rio e fora da cidade de São Paulo, levem OBRIGATORIAMENTE, o comprovante de residência para anexar ao processo;

9. A CBDA estará disponibilizando transfer aeroporto-hotel-aeroporto e transporte interno, com saídas únicas de acordo com os horários a serem pré-determinados. Os oficiais que quizerem utilizar transporte próprio poderão fazê-lo.

10. Os comprovantes de ticketes aéreos deverão ser entregues ao Supervisor Geral de Polo Aquático da CBDA. Os árbitros de outras cidades terão reembolso de passagens de ônibus. 

11. O árbitro Doriel Terpenca do Canadá estará compondo a equipe de arbitragem da competição e cumprirá da mesma forma as determinações da organização do evento;

12. Em qualquer momento que se fizer necessário, o Delegado Geral da Competição e o Coordenador da Arbitragem poderão convocar os Oficiais de Arbitragem para reunião de avaliação.

Na certeza de que os oficiais de arbitragem estarão comprometidos com as determinações e orientação expostas acima, desejamos antecipadamente uma boa competição.

Atenciosamente,

Ricardo Cabral
Supervisor Geral de Polo Aquático CBDA

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Nota dos Árbitros do Rio de Janeiro

Os árbitros do Rio pertencentes ao quadro de arbitragem da FINA e CBDA, por reconhecerem que a  CBDA  representa o orgão máximo dos esportes aquaticos brasileiros não participarão de forma alguma de eventos promovidos por diferentes associações não representativas, a menos que haja uma autorização da própria Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos.

Roberto Cabral, Edmundo Rodrigues, Andre Dester e Jose Werner

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Pergunta no "Tire sua dúvida"

Pergunta:
Caso haja uma agressão durante o jogo (como no de ontem) e o arbitro não vê, mas um oficial da mesa consegue ver. Qual a atitude que poderá ser aplicada?

Resposta:
Somente o árbitro(s) tem autoridade máxima sobre a partida, se por ventura ocorrer um ato de brutalidade não observado pela arbitragem, o árbitro não pode tomar nenhuma decisão através de relatos dos demais oficiais de arbitragem, sejam eles secretários, cronometristas ou juízes de gol. Em competições oficiais, ou seja, aquelas que são promovidas pelas Federações Nacionais ou Internacionais, o delegado oficial da partida observando o fato pode fazer um relatório contra o agressor e, até mesmo contra aos árbitros envolvidos por omissão, cabendo punição ou não de acordo com o julgamento para ambos.Fatos semelhantes recentemente acontecidos em competições nacionais e internacionais, levaram ao afastamento temporário de árbitros que falharam ao não perceberem uma atitude de brutalidade  durante a partida.

Roberto Cabral
Arbitro Internacional FINA

quinta-feira, 26 de maio de 2011

A CONDUTA EXIGIDA DE UM ÁRBITRO DE PÓLO AQUÁTICO

Participei de todos os cursos de árbitros promovidos pela FINA, desde seu início em 2002 (Fort Laudardale – Flórida – EUA) e sempre foi passado para nós quão importante é a nossa conduta para a imagem do esporte e para sermos bem sucedidos em nossa arbitragem. Achei conveniente tocar nesse assunto para relembrar que somos a “autoridade máxima” no campo de jogo e nada ou ninguém deve, sob nenhuma circunstância, interferir no bom andamento das partidas, sob o risco de termos nosso trabalho questionado por todos os interessados no resultado do jogo, qualquer que seja ele.
Gianni Lonzi, presidente do TWPC (Comitê Técnico de Pólo Aquático, na sigla em inglês) da FINA diz em suas palestras que o primeiro mandamento de um árbitro deve ser “evitar confusão” durante os jogos, seja em relação ao seu comportamento, seja em relação à aplicação correta dos conceitos e das regras que regem o esporte. Contudo, nem sempre isso é aplicado e, então, podemos dar margem a atitudes absolutamente inaceitáveis por parte de torcedores, técnicos, jogadores e dirigentes, colocando sob suspeita nossa isenção em relação às partidas que serão conduzidas por nós.
Alguns lembretes se fazem necessários para que essa isenção seja exercida em toda a sua extensão e jamais colocada em dúvida por aqueles que têm interesse direto no resultado das partidas. Entre eles, eu cito:

1 – Chegar cedo ao local da partida e, mesmo sem ainda estar uniformizado para o jogo, verificar as marcações de borda (2 e 5 metros e meio campo), saber se os relógios de tempo de jogo e de posse de bola estão funcionando corretamente e cobrar dos oficiais de arbitragem que atuam na mesa se a súmula da partida já está pronta ou, em caso negativo, se as equipes já forneceram as respectivas relações com os nomes e números dos atletas e os nomes dos 3 oficiais com autorização para permanecerem no banco de reservas;
2 – Estar uniformizado pelo menos 30 minutos antes do início de sua partida, próximo à mesa de controle, para que as equipes saibam que você já está pronto para iniciar seu trabalho e que isso se dará na hora estipulada pela organização da competição;
3 – Não manter conversas paralelas, de nenhum tipo, com torcedores, técnicos, jogadores e dirigentes antes, durante e, principalmente, depois das partidas, sob o risco de ter sua atuação comprometida por insinuações infundadas dependendo do resultado do jogo;
4 – Tratar a todos de forma educada, mas nunca com intimidade, mesmo se aquela pessoa for muito sua amiga. Ali, no campo de jogo, você é o ÁRBITRO da partida, não amigo de ninguém, e essa imagem de isenção e distanciamento contribui, de forma direta, para o sucesso de sua atuação, não importa se você cometa erros ou não, afinal é humanamente impossível acertar as marcações em 100% das jogadas e nossa tarefa é se aproximar o máximo possível dessa condição para não colocarmos dúvidas em relação à nossa isenção e à nossa capacidade como árbitros.

Essa postura é vista de forma regular e contínua em jogos internacionais, e o árbitro que não tem esse tipo de comportamento acaba dificultando seu aproveitamento naquele campeonato, não sendo escalado para jogos que normalmente poderia estar apitando, já que sua conduta não passa confiança aos responsáveis pela escalação dos árbitros.
Portanto, quando estivermos na beira da piscina, não podemos nos esquecer que somos a AUTORIDADE MÁXIMA da partida e que nosso papel ali é o de conduzir a partida no melhor de nossas habilidades, aplicando a regra em toda a sua extensão e saindo da partida como se nem estivéssemos estado ali, tamanha foi nossa discrição e nossa conduta ao longo da partida.
Acredito que a observância desses itens podem servir para manter o alto nível da nossa arbitragem e evitar possíveis cobranças de quem quer que seja, já que elas serão absolutamente infundadas.

Prof. José Werner 
Árbitro FINA / CBDA        
           

RESPOSTA DA PERGUNTA 10

Letra D (confirmar o gol). Ao chutar à gol e ter a bola recuperada por seu jogador, a equipe branca ganhou mais 30 segundos de posse de bola, portanto o jogador poderia ter chutado e marcado, como de fato ocorreu.

Essa situação ocorreu de fato, durante a partida Curitibano x Apaufsc, na final do TORNEIO SUL BRASILEIRO realizado em Florianópolis,há 2 semanas atrás. O gol marcado, por completa desatenção da equipe do Curitibano, determinou a virada no placar para a outra equipe e essa venceu o torneio. 

José Werner
Arbitro FINA / CBDA

terça-feira, 24 de maio de 2011

Análise da arbitragem no Campeonato Brasileiro Sub-19 de Pólo Aquático Masculino/Feminino

Esse campeonato serviu, entre tantas boas surpresas – excelência da organização, nível técnico acima de esperado, confirmação do talento de determinados atletas – para reafirmar o trabalho consistente que a Coordenação de Arbitragem da CBDA, agora sob o comando direto do árbitro FINA Roberto Cabral, vem realizando no sentido de unificar o mais próximo do possível a aplicação correta não apenas das regras do jogo, mas, sobretudo dos conceitos e principais critérios exigidos pelo TWPC (Comitê Técnico de Pólo Aquático, na sigla em inglês) da FINA e que devem ser aplicados durante todas as partidas.
Os árbitros que atuaram na competição tiveram um desempenho que pode ser considerado muito bom, com a aplicação correta desses conceitos e critérios e com o controle absoluto de suas partidas, não apenas no aspecto técnico, mas também (o que é essencial para o bom andamento das partidas) em seu aspecto disciplinar, controlando o banco de reservas, atuando imediatamente em relação àqueles atletas que não estavam agindo como tal (algumas exclusões com direito foram aplicadas nesse sentido) e colaborando com a organização do evento, iniciando as partidas nos horários previstos.
As exceções não devem ser consideradas como regra e acredito que no Troféu Brasil marcado para junho, numa competição que já se apresenta como a mais disputada e de alto nível técnico já realizada no País, a qualidade de nossa arbitragem será decisiva para fazer desse torneio um dos melhores dos últimos tempos. É claro que alguns acertos ainda se fazem necessários, mas a Coordenação de Arbitragem está atenta a isso e fará os devidos ajustes para que os atletas possam atuar no melhor de suas habilidades e termos excelentes partidas, disciplina absoluta e organização exemplar, o que vem se tornando ao longo desses anos uma das características marcantes dos eventos promovidos pela Gerência Nacional de Pólo Aquático, cargo sob a responsabilidade do Prof. Ricardo Cabral.

Prof. José Werner 
Árbitro FINA / CBDA

Pergunta feita no "Tire sua dúvida"

Um jogador que apresentar uma lesão com sangue escorrendo pode continuar jogando ou tem que se retirar da agua e substitui-lo, ou esperar o cessar do sangue, pois foi obvio que foi atingindo pelo jogador adversário?

Resposta:
Pela regra WP 25-2 da FINA, se o árbitro observar sangramento externo no atleta este tem  que ser retirado imediatamente da agua. Se a pergunta teve como objetivo analizar o ocorrido no jogo  CRF X SESI pelo sub-19, em nenhum momento foi visível o sangramento externo, e o mesmo só foi percebido por um jogador adversário que viu o atleta cuspindo sangue. Quando fui informado, fiquei observando o atleta em questão e o sangramento por ser no interior da boca não era visível ,tanto que o próprio jogador não se sentiu em nenhum momento impedido de continuar o jogo,tendo o mesmo aplicado um pouco de gelo no intervalo. O que é interessante neste episódio é que mais uma vez tenho a certeza de que os jogadores brasileiros não entenderam a diferença entre jogar duro e jogar com agressividade. Em breve vou escrever mais sobre o assunto.

Roberto Cabral
Árbitro FINA

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Tire sua dúvida

A WP Arbitragem Rio criou um formulário para os interessados em tirar suas dúvidas sobre a regra e suas interpretações. As melhores perguntas poderão ser publicadas para que esclareçam também os leitores.

Aproveitem.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

PERGUNTA 10

A equipe branca tem um homem-a-mais a seu favor e chuta ao gol com 15 segundos de posse de bola. Essa, no entanto, bate no travessão e cai na linha dos 5 metros. A equipe azul já estava no contra-ataque e seu goleiro não nadou em direção à bola. Um jogador da equipe branca pega a bola, chuta e marca o gol. A decisão do árbitro será de :
a) reverter a bola para a equipe azul;
b) excluir o goleiro da equipe azul;
c) reverter a bola para a equipe branca;
d) confirmar o gol;
e) assinalar tiro de gol

José Werner
Árbitro Internacional FINA

RESPOSTA DA PERGUNTA 9:

Letra A - segundo WP 14.3, PELO MENOS dois jogadores de qualquer equipe, à exceção do goleiro da equipe defensora, deverão tocar ou jogar a bola de forma intencional. Portanto, ao roubar a bola o jogador da equipe branca estava apto a chutar ao gol.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

FAZENDO PARTE DE UMA AÇÃO

Um dos motivos de reclamação por parte de técnicos, jogadores e torcedores , se deve ao fato da não compreensão da interpretação usada pelos árbitros ao dirigirem uma partida. Talvez o termo dirigir ao invés de apitar se torne estranho, mas se encaixa perfeitamente na forma de como o árbitro deva trabalhar.
Já comentei algumas vezes que o árbitro deve ter o mesmo posicionamento de um diretor de cinema, que ao gravar uma cena, começa usando uma lente bem aberta, fazendo primeiro uma tomada geral da cena para depois então focar mais no que interessa, talvez um beijo ,um soco ou seja lá o que for.
Da mesma maneira o árbitro ao observar se uma jogada seja de exclusão (não estou me referindo a brutalidade), faltas simples ou contra falta está fazendo parte efetiva de uma ação de ataque em construção.
Um bom exemplo é a situação na qual marcador de centro e centro estão disputando uma posição sem que nenhum deles estejam de fato preocupado na jogada em construção,ficando eles até mesmo sem olhar a bola por algum tempo. Interferir no jogo nesta ocasião  poderá o árbitro estar criando alguma situação de vantagem para uma das equipes sem que de fato a equipe ou o jogador no caso tenha produzido o suficiente para este ganho.Outra situação semelhante é quando os jogadores se encontram na periferia do campo e se movimentam no intuito de provocar uma exclusão do adversário, mas não atentam se o próprio time esteja usando ele para uma jogada a ser construída.
São detalhes não tão fáceis de serem analisados pelos árbitros, mas que provavelmente se aplicados de maneira correta ficarão mais entendidos pelos envolvidos.

Roberto Cabral
Árbitro Internacional FINA