sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

LÁ FORA É ASSIM !

" Lá fora é assim "
Um dos comentários mais escutados por mim durante anos, e não foram poucos, eram aos que se referiam a nossa arbitragem . Concordo que estes comentários tenham tido algum fundamento em anos atrás, devido a não representação e participação dos árbitros em delegações Brasileiras nas competições Internacionais. Porém, este quadro mudou na gestão do Dr. Coaracy Nunes, atual presidente da CBDA, que ao invés de preferir pagar multa por não inclusão de um árbitro na delegação, optou pelo investimento em nossa função.
A partir de então, com esta oportunidade, passamos a conviver com o mundo FINA, e sem dúvida a cada nova participação, os árbitros brasileiros passaram a ter uma evolução técnica tanto no conhecimento das Regra, mas também na sua aplicação dentro dos padrões Internacionais.
Este motivo, foi determinante para nós árbitros, não passarmos a depender da participação do Brasil em competições Internacionais como único vínculo. Hoje participamos como árbitros convidados nas mais importantes competições Internacionais como: Jogos Olímpicos, Campeonatos Mundiais, Liga Mundial e Copa FINA.
Para termos uma idéia do que representamos, tivemos há alguns dias atrás a realização no Brasil, da Escola de Árbitros da FINA. Esta escola não estava prevista no calendário da FINA como sede no Brasil, e sim no Peru, na cidade de Lima, mas aceitando um convite da CBDA, prontamente a FINA nos enviou o seu representante máximo do polo aquático mundial , Sr Giani Lonzy para este evento, e manteve a original no Peru.
Hoje posso afirmar, sem nenhuma restrição, que já não nos incomoda mais, aquela famosa frase repetida por anos ‘’ Lá fora não se apita assim ! ”.
Roberto Cabral
Árbitro FINA/ Coordenador de Arbitragem da CBDA

2 comentários:

Anônimo disse...

De fato, às vezes achamos que o que esta lá fora, é melhor. O que é externo ao nosso cenário tende a ser algo a ser "imitável".

Porém, pode-se dizer que nesse caso, a arbitragem de pólo aquático do Brasil, esta em um nível de ascendência a ser imitada, de um aprimoramento constante, com novos árbitros sendo formados e com a permanente reciclagem, em grande parte feita pelas escolas de árbitros da FINA.

Pelas palavras do próprio Sr. Lonzi na última escola, somos um país com grande potencial para o esporte e que a arbitragem brasileira esta em um nível que faz nos faz ser bem representados lá fora .

Dentre tantas coisas vistas nesse último encontro, as situações de jogo que causam dúvida não só a quem assiste quanto a quem participa efetivamente, foram em sua grande maioria interpretadas de maneira coerente ao que a própria FINA nos instrui. Tais visões, podem gerar questionamentos por parte de quem não esta familiarizado com o esporte, ou até mesmo, quem faz parte dele, mas não está a par da dinâmica de jogo atual. Dinâmica essa que requer cada vez mais um jogo rápido, sem perda de tempo e que seja desenvolvido com inteligência. É certo que com mais esse canal de comunicação caminhamos juntos para homogeneizar a visão do jogo. Seja ele visto por técnicos, jogadores, árbitros e espectadores.

Carlos Azevedo
Árbitro FARJ/CBDA.

Anônimo disse...

Realmente, foi uma surpresa muito boa o surgimento desse site,diminui a distância que existe da arbitragem para a comunidade do polo aquático.Distância natural que ocorre em todos os lugares do mundo devido ao desgate referente as partidas,poucos árbitros em condições de atuar em jogos decisivos e a ética de não ficar de papos com árbitros em beira de piscina em dias de competições.Hoje esse mundo virtual é vital para o entendimento e a comunicação entre os meios.
Além de tornar o assunto mais sério e profissional,não precisamos nos expor em sites fantasiosos,tendenciosos e politiqueiros,podendo usufruir desse veícolo no nosso crescimento profissional e pessoal.
Concordo com o Cabral quando se fala de arbitragem internacional em relação a nacional.Como atleta joguei apenas 3 mundiais,1 pan e 1 sulamericano e como técnico fui a croacia pelo Fla e o mundial master na suecia e com essa pouca rodagem já pude perceber que esse ponto de arbitragem não deveríamos nos preocupar,acho até,que se apita leve demais aqui no Brasil.O grande problema,como em todo polo aquatico,é ser pequeno .Talvez,a unica classe unida seja a arbitragem.A cominidade do polo não se entende,os técnicos não se falam,jogadores não consideram mais seus companheiros de equipe e não valorizam e idolatram os mais velhos(ídolos)como perrone,duda,ayrtom......e preferem se chingar e achar culpados pela falta de trabalho e treino.
Para quem realmente tem pretenções, objetivos pessoais no meio do esporte,me parece um grande salto, mais um site no ar de credibilidade sobre o polo, que venha para atender debates,conversas sobre situações específicas de jogo e futuras mudanças de regras e tendências.
Obs:Parabéns ao Clodoaldo ,seu site potoff é muito bem direcionado.

Rafael Hall
(técnico do Clube de Regatas Flamengo)