Mais uma vez tivemos a oportunidade de contar com a presença de um árbitro convidado para se juntar ao nosso quadro de oficiais da CBDA. Nesta oportunidade contamos com a participação do Sr. Doriel Terpenka, árbitro Canadense e natural da Sérvia que muito nos ajudou nos cinco dias de competição da Taça Brasil de Pólo Aquático realizada em São Paulo neste último fim de semana.
Vários aspectos referentes a arbitragem foram observados por mim durante os jogos ,mas o que mais me chamou a atenção foi o jogo de centro, mais especificamente a quantidade de faltas cometidas pelo atacante. Vale frisar que a exemplo dos últimos três árbitros convidados (dois Croatas e um Espanhol) todos tiveram a mesma interpretação neste sentido que inclusive mostra que a nossa arbitragem caminha de forma igual com as determinações da FINA.
Mas onde está o erro? Insistir que nós árbitros Brasileiros apitamos de forma errada parece ser insano. A meu ver, o erro persiste na forma do centro jogar ou se posicionar facilitando assim o trabalho do marcador e por conseqüência a marcação de uma falta de reversão.
Outro aspecto importante, agora tirando o peso dos ombros do jogador de centro, é a colaboração dos companheiros de equipe. Em competições internacionais, fica claro de ver que a equipe trabalha para o centro e não ao contrário como vemos por aqui. Melhor explicando: Se levarmos em conta que uma equipe treinada leva dez segundos para chegar ao ataque, fica restando pouco tempo para o jogador de centro se posicionar. Se ao definir a sua posição no centro este jogador não receber de imediato a bola, este passa a procurar alternativas, e o que ocorre com frequência é ao se aproximar o termino de posse de bola, este jogador parte para uma ação faltosa, a qual é assinalada pela arbitragem para desespero dos técnicos e torcedores.
Talvez uma conversa entre técnicos, jogadores e árbitros minimizassem estes problemas.
Roberto Cabral
Árbitro Internacional FINA
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